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Há quase três anos, o mundo experimentou um de seus maiores desafios. A pandemia de COVID-
Durante a pandemia, eventos técnicos científicos não puderam ser realizados presencialmente. Assim, o 23º Congresso Brasileiro de Floricultura e Plantas Ornamentais (CBFPO) & 10º Congresso Brasileiro de Cultura de Tecidos de Plantas (CBCTP), que seria presencial, em Holambra/SP, foi realizado de forma online, em outubro de 2021.
No contexto do pós-
A floricultura, em seu sentido amplo, abrange o cultivo de plantas ornamentais, desde flores de corte, plantas envasadas, floríferas ou não, até a produção de árvores e palmeiras de grande porte. É uma atividade altamente competitiva, exigindo a utilização de tecnologias avançadas, como o cultivo in vitro de plantas, também conhecida por cultura de tecidos vegetais, que promove profundo conhecimento técnico e um eficiente sistema de comercialização e distribuição de seus produtos. Altamente rentável por área cultivada, é produtiva mesmo em pequenas propriedades, sendo uma opção de fixação do homem no meio rural e de geração de emprego.
A produção mundial de flores e plantas ornamentais ocupa, atualmente, uma área aproximada de 200 mil hectares. O mercado mundial de flores e plantas ornamentais está avaliado em mais de US $70 bilhões por ano, tendo em conta toda a produção e consumo mundial. A floricultura brasileira começou a se destacar como atividade agrícola de importância econômica há pouco mais de três décadas. A cultura de tecidos de plantas atualmente é uma realidade não apenas em muitos laboratórios acadêmicos, senão também em empresas privadas, bem articuladas comercialmente e relacionadas com culturas de importância econômica para o Brasil.
A técnica de micropropagação ou cultura de tecidos de plantas, movimenta bilhões de dólares em todo mundo, e tem experimentado grande crescimento no Brasil, com a criação de diversos laboratórios para produção de mudas in vitro. Essa técnica tem aquecido os mercados e vem promovendo a criação de novos laboratórios, empregos, tecnologias e patentes, além de fortalecer novos paradigmas por uso da biologia molecular, com vistas a obtenção de plantas mais resistentes, produtivas, aromáticas ou coloridas, dentro de uma visão mais moderna e dinâmica do agronegócio internacional. A micropropagação de plantas tem sido bastante aperfeiçoada nas últimas décadas; para isso, tem contribuído o aprimoramento de protocolos de multiplicação bem como a constante evolução em infraestrutura, equipamentos e insumos necessários para os trabalhos realizados em laboratórios, biofábricas e em ambientes protegidos, indispensáveis para a aclimatação das mudas clonadas in vitro. Plantas micropropagadas geralmente apresentam algumas vantagens como maior vigor, produtividade, homogeneidade e capacidade de multiplicação sobre aquelas formadas por processos convencionais.